" Mas a sabedoria que vem do Alto é primeiramente pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos ..." (TIAGO, 3:17)

Esta carta de Tiago foi escrita aos cristãos que se achavam entre os judeus dispersos que habitavam fora da Terra Santa e, em seu conteúdo há assuntos de grande importância para os cristãos de todos os tempos.

Um de seus objetivos, é o de alertar contra julgamentos, idéias precipitadas, o que nos dizem, o que nos falam, etc., porque muitos a usam para, por raciocínios falsos converter pessoas às suas idéias, e desta maneira, ajudar a perceber de que forma esta situação pode influir em nossas vidas e nas dos outros, principalmente.

A doutrina de Jesus está implantada muitas vezes de forma alegórica, não clara, por isso sua interpretação requer alguns cuidados, para não se interferir na essência com idéias próprias.

Jesus sabia valorizar a palavra como instrumento divino de comunicação. Seus diálogos com o povo continham ensinamentos espirituais, que perduram até hoje. Naquele tempo, muitos não percebiam, atinham-se à letra, à narração, tal como muitos de nós nos tempos atuais.

Para discernir os que falam a palavra verdadeira, é preciso conhecer a fonte, através de estudos dos fundamentos evangélicos. É contrapor as novas informações com a proposta de Jesus, aprendendo a ver não a beleza da forma, mas, o convite construtivo contido.

Devemos buscar raciocinar no estudo e procuremos a razão maior, a finalidade a que a palavra propõe, os caminhos que indica para não sermos enganados.

Por um exame sincero e mais cuidadoso daquilo que nos chega, perceberemos o campo que nos fornece o alimento verbal, pois a palavra é dádiva que revela a qualidade de quem a pronuncia.

Tiago lembra que o cristão deveria utilizar a palavra para ensinar, louvar, abençoar e nas conversas úteis. Recordemos de que forma alguns como Napoleão Bonaparte, Hitler, Mahatma Gandhi, entre outros, influenciaram para o bem ou para o mal na construção da História, usando a palavra impregnada de força elevadora ao Bem ou ao desequilíbrio.

Ao recebermos informações, façamos um exercício de reflexão : como estas palavras que chegam estão me alimentando? A discórdia, a incerteza, o medo, a tristeza, a vingança, o ódio, a intolerância, a desesperança estão aí impregnados? Ou a alegria, a certeza, a fraternidade, a tolerância, a fé, a confiança, a esperança, convidando-me a dar frutos no Amor?

Pela resposta conheceremos a fonte.

"Examina, pois, as páginas de teu contacto com o pensamento alheio, diariamente, e faze companhia àquelas que te desejam elevação. Não precisas das que se te figurem mais brilhantes, mas daquelas que te façam melhor".

● O Evangelho Seg. O Espiritismo, Allan Kardec, cap. XXI, item 9 

● Livro da Esperança, F.C.Xavier/Emmanuel, lições 28, 38 e 45 

● Pão Nosso, F.C.Xavier/Emmanuel, lições 14, 74, 165 e 170 

● Fonte Viva, F.C. Xavier/Emmanuel, lição 59