225 - O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO-ALLAN KARDEC

CAPÍTULO XXVIII:  COLETANEA DE PRECES ESPÍRITAS

ITEM 1:  PREÂMBULO

Allan Kardec inicia este último capítulo do livro, citando o que os Espíritos sempre disseram: “A forma não é nada, o pensamento é tudo. Faça cada qual a sua prece de acordo com as suas convicções, e da maneira que mais lhe agrade, pois, um bom pensamento vale mais do que numerosas palavras que não tocam o coração.

Os Espíritos não prescrevem nenhuma fórmula absoluta de prece, e, quando nos dão alguma, é para orientar as nossas ideias, e, sobretudo, para chamar a nossa atenção sobre certos princípios da doutrina espírita”.

Como vemos, este último capítulo não se constitui apenas de preces ditadas por Espíritos, mas é também um manancial de esclarecimentos sobre o Espiritismo, devendo, então, merecer nossa atenção e nossas reflexões em torno deles.

Trata-se de um excelente reforço de aprendizado e de estímulo para a sua prática.  “É uma forma de aplicação dos princípios da moral evangélica, desenvolvidos neste livro, um complemento dos seus ditados sobre os nossos deveres para com Deus e o próximo, e no qual são relembrados todos os princípios da doutrina.”

O que deve ficar bem claro, é que não são preces para serem decoradas, o que o Espiritismo não recomenda, mas apenas exemplos para estudo e aprendizado, lembrando sempre que a melhor prece é a que vem do coração e da mente de quem ora, simples, inteligível, clara, sentindo a presença de Deus, esquecido de tudo o mais.

A prece não depende do tempo de duração, podendo durar alguns poucos segundos ou minutos, porque é a intensidade do sentimento que dá ao pensamento a força necessária para elevar-se, através do fluido universal e chegar a quem for dirigida.

Quando isso acontece, a alma que também se eleva, não tem vontade de retornar, e busca prolongar esse momento o mais que pode.

Neste capítulo, os princípios do Espiritismo são evidenciados porque a prece reflete, na sua expressão, a fé de quem ora, e a prece do espírita deve expressar essa fé, resultado dos estudos, através da razão e do entendimento.

Vamos, pois continuar estudando o Espiritismo e a sua moral, durante alguns meses, neste capítulo, desprezado por muitos espíritas, porque não percebem o quanto se pode aprender, e reforçar a vontade de vivenciar a moral de Jesus, com as preces e os comentários de Allan Kardec, nosso mestre.

Leda de Almeida Rezende Ebner – Fevereiro/2020