Quem sou eu? Quem sou eu? No abismo escuro Do meu atribulado pensamento Sinto ainda as áscuas do pavor violento Em que andei como nau sem palinuro!
E... Ouço uma voz: "Tu és verme obscuro". Vitimado no grande desalento, Que procurou a mágoa e o sofrimento Sem caridade, o amor sagrado e puro "".
Ó promessas do "nada" inexistente!... A morte abriu-me as portas do presente Amargo e interminável pela dor;
Infeliz do meu ser fraco e abatido, Pois o anseio de nada, paz e olvido, Foi apenas um sonho enganador! |