Enviados de Cristo
Esse triste companheiro 
Cujo passo te procura 
Ralado de desventura 
Que não sabes de onde vem ... 
Esse pedinte arrasado 
Por dores desconhecidas 
Emaranhado em feridas 
Sem proteção de ninguém ...

Essa mendiga que estende 
Pobre mão encarquilhada 
Cuja penúria na estrada 
Ninguém na terra traduz 
Esse doente cansado 
Que se lamenta sozinho 
Abandonado ao caminho 
A mingua de paz e de luz ...

A frente desses amigos 
Que o sofrimento encerra 
Corações em longa espera 
Recordai o NÃO JULGUEIS ! 
Eles não pedem censura 
Mostrando a necessidade 
Ensinam que a caridade 
É a lei de todas as leis !

Esse amigo que lastima 
A própria ação rude e cega 
No cárcere que o segrega 
Para reforma e pesar 
Esse irmão largado a noite 
De olhar magoado e profundo 
Que roga debalde ao mundo 
O doce calor de um lar ...

Essa mãe de filho ao peito 
Que entre lagrimas se consome 
As vezes com febre e fome 
Rogando socorro em vão 
Essa criança assustada 
Que chora sem rumo certo 
Flor atirada ao deserto 
Anjo na cruz da aflição ...

Esses irmãos quase mortos 
Eis que o céu nô-los envia 
Na estrada do dia-a-dia 
Para as lições do senhor ! 
Saibamos ressuscitá-los 
Da morte em sombra na prova 
Doando-lhes vida nova 
Na escola viva do amor !...
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2024/3/29 | 04:49:56

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