“... E à ciência temperança, e à temperança paciência e á paciência piedade.” – Pedro.

                                          (II PEDRO, 1:6)

Que a instrução, a cultura intelectual, o conhecimento elevado, são necessários ao desenvolvimento da inteligência, ninguém pode contestar.

Entretanto, não basta acumular conhecimentos, adquirir instrução para que o indivíduo seja considerado ou se sinta superior aos demais. Quanto mais se conhece mais aumenta a responsabilidade do ser.

Quem sabe, conhece, precisa ser moderado nas ações. Não vale saber para destruir. Muitas guerras foram fomentadas por pessoas de grande cultura intelectual.

A inteligência exige moderação e equilíbrio para não se transformar em devassidão e loucura.

Muitas pessoas ao adquirir conhecimento assumem atitudes contraditórias.

Impõem suas idéias, se tornam autoritárias, golpeiam a todos, este tipo de expositores do saber nada mais fazem do que espalhar a perturbação.

Quase todos os desequilíbrios do mundo tiveram origem no exagero, nos excessos daqueles que aprenderam muito, mas, não souberam ou se esqueceram que toda ciência exige ponderação.

Não menosprezemos as conquistas alheias, porque, saber é importante, mas, não é tudo. É necessário fazer.

E para fazer bem, pessoa alguma dispensará a calma e a serenidade imprescindíveis ao êxito, nem desdenhará a cooperação, que é a companheira dileta do amor.

Já foi dito que duas asas conduzirão o Espírito imortal à perfeição, uma chama-se Amor, a outra Sabedoria.

Pelo Amor, que, acima de tudo é serviço aos semelhantes, a criatura se ilumina e aformoseia por dentro, emitindo em favor dos outros, o reflexo de suas próprias virtudes; e pela Sabedoria, que começa na aquisição do conhecimento, recolhe a influência dos que vieram na frente espalhando o progresso, que lhe comunicam os reflexos da própria grandeza, impelindo-a para o Alto.

Conhecer é favorecer a libertação de nós mesmos, colocando-nos a caminho de novos horizontes da vida.