"Disse-lhes Jesus: desatai-o e deixai-o ir"

(JOÃO, 11:44)

Libertar é tornar livre, porém, muitas pessoas querem a liberdade, sem a devida maturidade frente aos próprios atos.

Poucos são os que notam de que não há sentido em admitir-se livre alguém, fora do impositivo da responsabilidade.

Quando Jesus disse, que desatassem e deixassem Lázaro ir, era no sentido de que todos devem estar livres para encetar a caminhada que lhe é própria, adquirindo as experiências necessárias à própria evolução.

A criatura humana é livre para fazer as suas escolhas, mas estará ligada inevitavelmente ao fruto das próprias ações.

Trazendo o ensinamento para a vida particular de cada um, notamos que a maioria das pessoas, trazem desilusões, decepções, mágoas, como conseqüência da incompreensão, daqueles que vivem ao lado e que muitas vezes dilaceraram seus ideais.

É necessário trabalhar para tirar do coração essas angustias, a fim de vivermos em tranqüilidade e paz. Para conseguirmos isso é necessário o perdão que suaviza a gravidade do delito, auxiliando na reparação, mediante o qual o equivocado se reabilita, alterando a conduta e tornando-se útil à comunidade onde está situado.

Quem perdoa, cresce; quem recebe o perdão renova-se. O perdão funciona como bálsamo sobre a ferida que foi aberta pela agressão do outro e, ao mesmo tempo, como resposta ao ódio que foi desencadeado, suavizando a dor do golpe sofrido.

Quem perdoa, conquista-se e engrandece-se, proporcionando oportunidade de arrependimento e de recuperação ao ofensor.

Como o perdão renova os sentimentos de quem perdoa, ao mesmo tempo traz felicidade para o ofendido, faz com que ele se desligue mentalmente do agressor, libertando-o para que prossiga o seu caminho em busca de recuperação.

Não é importante que aquele que agrediu, aceite a vibração positiva de quem perdoa, porque a ação beneficente é sempre maior e mais útil para quem a exerce. Todavia, se a onda de amor encontra receptividade naquele a quem vai dirigida, mais extraordinários serão os efeitos da doação.

"Aqueles que libertamos de qualquer obrigação para conosco, entregando-os à bondade de Deus, mais cedo regressam à luz da compreensão."

"Se alguém, assim, caiu na morte do mal, diante de ti, ajuda-o a refazer-se para o bem; entretanto, além disso, é preciso também, desatá-lo de qualquer constrangimento e deixá-lo ir."