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O Céu e o Inferno  |  Capitulo II - A Preocupação com a Morte   |  Item 10   |  01/01/2002
E QUANDO O ESPÍRITA TEME A MORTE ?
“10. - (...) Já não é só a esperança, mas a certeza que os conforta; sabem [os espíritas] que a vida futura é a continuação da vida terrena em melhores condições e aguardam-na com a mesma confiança com que aguardariam o despontar do Sol após uma noite de tempestade. Os motivos dessa confiança decorrem, outrossim, dos fatos testemunhados e da concordância desses fatos com a lógica, com a justiça e bondade de Deus, correspondendo às íntimas aspirações da Humanidade. ( O Céu e O Inferno, Cap. II TEMOR DA MORTE. Grifos nossos )

            Permita-nos o amigo uma pergunta. Não, não precisa responder se não quiser, se der trabalho para pensar. A vida continua, mesmo quando não temos respostas... Mas, arrisquemos: - Acredita você na sua capacidade de avaliar experiências? E na sua capacidade de escolher? Sim? Tem feito boas escolhas? Que bom ! Então Você deve ser alguém de muito sucesso, feliz mesmo... Não ? Bem, então parece que há algo estranho no ar... Vamos " pensar " a respeito juntos ?

            Quando Kardec menciona no Cap. II (nosso livro de estudo, item 10) que o espírita não teme a morte, justifica isso dizendo que há uma confiança em torno do que o aguarda após a morte do corpo, na vida futura. Mas, ao que parece, Kardec não era dado a devaneios românticos, tão pouco era prolixo. Assim, podemos acreditar que havia algo de positivo, de concreto nessa confiança mencionada por ele. Segundo suas palavras, seria ela motivada por dois fatores principalmente:

• os fatos testemunhados
• concordância desses fatos com a lógica, com a justiça e bondade de Deus

Então, hoje, poderíamos perguntar (de novo!): que fatos são esses a serem testemu nhados? ( Deixemos o outro item para o próximo mês ). 
À época de Kardec, muitos fenômenos espíritas aconteciam. E não era nada difícil observar tais manifestações. Mas a par disso, não era da mesma forma que as testemunhas presenciavam os fatos. Como pode ser? 
Ora, em qualquer reunião onde se agrupam várioas pessoas encontramos senhores que calmamente esperam o desenrolar das conversas e acontecimentos. Também encontramos aquelas pessoas de meia idade entretecendo conversas sobre os assuntos que lhes ocupam os projetos do momento. Há aqueles indiferentes, amortecidos, como que presos ali por alguma convenção. Há os jovens, em busca de experiências no relacionamento e, ainda, as crianças que, reparando em tudo, só se detêm no que lhes chama a atenção no momento... 
            
Assim, também àquela época as reuniões eram bastante heterogêneas. Cada um apenas compreendia até o limite da própria percepção. Como pode ser isto? Não concordaria você que ela aumenta com a experiência? Parece que sim... Mas não basta a experiência. Há daquelas experiências que entorpecem, que anestesiam ou que aprisionam. Como quando passamos por momentos tão difíceis que acabam por deixar "sinais" em nós, funcionando como verdadeiros alarmes nos impedindo de agir de outra forma. Ou seja, ficamos na defensiva, mesmo quando o perigo já passou...Elas deixam uma espécie de casca que impede a visão ampla. Lembramo-nos aqui de uma jovem que certa vez insistia no medo que tinha dos Espíritos. Quando, então perguntamos a ela "Mas, para você, o que são os espíritos?" Ela parou, pensou, pensou, e, com um olhar um tanto perdido, disse "Ah...não sei...". Do que ela tinha medo, então? Problema de percepção... Bem, mas e a dificuldade de perceber? Certas coisas parecem tão difíceis! Dizer o que sente, por exemplo. Pôr limites. Relacionar-se com a esposa, o marido, os filhos. Família. 
            
Há pessoas com imensa dificuldade para perceber (entender) a espiritualidade. Mas notemos bem que as coisas difíceis são sempre aquelas que não aprendemos, que não treinamos. É difícil porque falta prática. Problemas difíceis são aqueles que ainda não temos prática em resolver. E cada problema que aparece é uma chance de treinar, de "pegar"a tal prática. Como diz um Espírito: "Não é drama, tragédia... Só vira drama e tragédia quando você emperra, se recusa a encarar o desafio, ou foge, negando-se a usar a instrumentação da sua própria alma se rendendo à dificuldade". 
            
A nossa época, muito diferente da época em que Kardec estava encarnado, exige-nos também que testemunhemos certos fatos dentro da lógica do nosso entendimento para adquirirmos a confiança da qual tratava Kardec no trecho acima. Mas tais fatos não mais se restringem aos fenômenos das manifestações dos Espíritos. Trata-se principalmente de desenvolvermos a capacidade de perceber a nossa própria manifestação espiritual na vida, avaliando quanto à sua qualidade. Por isso falávamos no artigo anterior da clariviência, que é o “olho do Espírito”, levando-nos a ver “vida espiritual” ao nosso redor, a penetrar pelo pensamento na (nosa) vida espiritual. 
            
No século XIX, os fatos a serem testemunhados eram principamente os exteriores. No século XXI, a par daqueles, são os fatos íntimos que devem ser percebidos, aceitos, entendidos e selecionados. Desenvolver a sensibilidade aos fatos do mundo interior. Primeiro, liberdade para sentir, para dizer o que sente e para manifestar-se de acordo com isso. Em seguida, entendimento com relação ao que sente, o que motiva isso, as escolhas que sustentam tal estado, para, só então, sentir com liberdade... 
            
É, então, nesse sentido que todos somos médiuns (ao menos médiuns sensitivos, termo usado por Kardec em O Livro dos Médiuns). Porque temos esta qualidade de sentir, como algo característico da nossa própria individualidade, do nosso jeito de perceber e interpretar, da nossa impressionabilidade com o que nos cerca, traduzindo tudo isso em experiência, em prática. 
            
Agora, mais uma pergunta: Quando é que você tem coragem de dizer a sua verdadeira opinião, ou de assumir o que pensa? Você tem dificuldade em dizer o que sente, de dizer o que quer, de estabelecer limite para os outros e para si mesmo ? 
            
Não exige tudo isso firmeza sobre os próprios sentimentos, sobre os próprios raciocínios? Pensamos uma coisa num dado momento e daqui a pouco... Firmeza no que sabemos, no que sentimos, no que fazemos. Mas atenção, firmeza não é rigidez. É intimidade consigo mesmo, com a sua sensibilidade, com o seu fato espiritual. É entrar em nossas razões mais profundas, perder o medo de ser errado ou inadequado, assumindo a responsabilidade por si, cuidando de si, sem insegurança quanto ao que os outros vão achar ou dizer. É não estar dividido, é ser inteiro. Agindo de acordo com a própria consciência, sem dramas íntimos, sem comparações com as outras pessoas, sem falsas esperanças das reações dos outros. O contrário de tudo isso? É a rigidez, seja ela física, mental ou emocional, é atitude de defesa, de alguém que se mantém na defensiva frente aos desafios. É a própria imagem do cadáver frio e sem expressão. É falta de opção... E como é bom quando percebemos uma opção a mais diante do que nos acontece, não acha o caro leitor? Assim é também que frente a morte o Espiritismo nos oferece uma nova opção, só que positiva. 
            
Mas firmeza não significa ser infalível, perfeito ou "santo". Significa, sim, conviver com a própria falibilidade sem o medo de falhar. Tirar das próprias falhas o melhor delas: a experiência, sem marcas graças a um entendimento do que representa tal experiência para o Espírito. 
            
A necessidade, portanto, é a de amadurecermos frente ao nosso fato espiritual, coisa somente possível bem vivendo, i.e., ganhando experiência com a verdade (realidade) espiritual. E tal maturidade principia quando começamos a observar as diferenças que existem, e a respeitá-las. Por isso mesmo não existem "receitas" para o crescimento espiritual. Cada um é um. O que se pode fazer é comentar os passos alheios, observando-os. Mas cada um constrói a própria caminhada, e caminhando... E isso é melhorar-se: aprender as coisas que ajudam a viver melhor, experimentando atitudes, selecionando pensamentos. Aliás, o processo de evolução é mais ou menos isso mesmo. De início, tomamos conhecimento de uma realidade. Qualquer uma, porque há apenas o que cada um consegue ver das possibilidades do Universo. Então tomamos ciência de uma realidade, e aquilo começa a chamar a nossa atenção. Vamos, então, pensando, comparando, vamos detectando onde aquilo se relaciona com o que já conhecemos, onde é diferente. Quando, então, percebemos que existe uma lei agindo ali. E quando aprendemos a lei, tornamo-nos capazes de usar esta descoberta. Crescemos mais um pouco. 
            
Mas qual seria a relação disso tudo com o medo da morte que alguns espíritas possuem? É que o estágio na Terra, pelos valores transitórios sobre os quais se levanta, ainda permite à criatura viver duas vidas diversas, o que acontece a muita gente. A incoerência do viver leva à constituição de um temor cada vez maior de encontrar o plano em que a mente se despoja de toda a ilusão, encontrando-se com aquilo que de fato sente. Há, então, o estabelecimento de um mecanismo de fuga. Talvez a raiz da questão esteja, então, em não perceber o que se sente, sentindo de acordo com a ação dos outros: se ele me detesta, então eu também detesto. Se ela me ignora, eu também vou ignorar. E como vivemos do que sentimos, a vida fica uma gangorra emocional. Um dia lá encima, outro cá embaixo... Passamos a viver pela fuga: ou no passado, pelo remorso, pelo ressentimento, etc, ou no futuro, pela ansiedade, pelo medo. Tornaram-se impermeáveis ao que receberam como informação nos cursos, encontros, palestras. Esquecendo que o conhecimento da vida após a morte deve servir para alguma coisa aqui e agora: para resolver situações, tomar decisões, reagir bem a tudo. Isso é muito diferente de estar com a cabeça cheia de coisas interessantes mas que, na prática, não ajudam em nada. Saber que o estudo espírita serve para encarar os acontecimentos que se dão conosco de um jeito mais leve, sem apego, sem aflição, pois, no dizer de um Espírito:
 
“Só quando você faz as coisas segundo o que aprendeu, quando as suas crenças participam da vida prática, é que elas podem realmente passar a fazer parte de você.1

Mas para isso, é preciso:

• vivermos as nossas experiências (não a dos outros, ou pelos outros),
• avaliarmos tais experiências (por nós mesmos) e
• escolhermos por nós mesmos (sem transferir nossa responsabilidade por nós mesmos).

Com isso não usaremos mais o nosso conhecimento para aprisionar a vida naquilo que pensamos, nossas idéias confusas causadoras de sofrimento, temor, mas para compreendê-la melhor... onde, então, a perda causada pela morte, poderá se tornar no ganho propiciador da liberdade, ou nas palavras de Joanna de Ângelis:

-À medida que se está a morrer, e enquanto se vive, conveniente que se esteja também construindo o porvir e liberando-se do passado, como aprendiz que armazena os valores que o deverão acompanhar para sempre.”2 
 
Vanderlei Luiz Daneluz Miranda 
Janeiro / 2002
 
Bibliografia:
FOELKER, Rita, [psicografia de] / Calunga Espírito).“Vamos Ficar Bem”. GIL, 1ª ed. Jundiaí, SP. 2001. FRANCO, Divaldo Pereira., “Luzes do Alvorecer”, O Desafio da Morte. LEAL. 1ª ed. Salvador.2001
 
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