O LIVRO DOS MÉDIUNS

(Guia dos Médiuns e dos Doutrinadores)

por

ALLAN KARDEC

Contém o ensino especial dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o Mundo Invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os escolhos que se podem encontrar na prática do Espiritismo.

SEGUNDA PARTE

DAS MANIFESTAÇÕES ESPIRITAS

CAPITULO XXV

DAS EVOCAÇÕES

CONSIDERAÇÕES GERAIS – ESPÍRITOS QUE PODEM SER EVOCADOS

 – COMO FALAR COM OS ESPÍRITOS – UTILIDADE DAS EVOCAÇÕES DE ESPÍRITOS VULGARES – PERGUNTAS SOBRE AS EVOCAÇÕES – EVOCAÇÕES DOS ANIMAIS

– EVOCAÇÕES DE PESSOAS VIVAS – TELEGRAFIA HUMANA

PERGUNTAS SOBRE AS EVOCAÇÕES

            Na sequência dos estudos da questão 282, itens 33 e 34, Allan Kardec perguntou quanto tempo após a morte se pode evocar um Espírito, e os Amigos responderam:

            “― Pode-se evocá-lo no próprio instante da morte, mas como ele ainda se encontra em perturbação, só imperfeitamente pode responder.”

            Dessa forma, compreende-se que se podemos evocar os Espíritos, isso não quer dizer que eles atendam de modo indiscriminado. Explica o Codificador: “A evocação pode ser dirigida a qualquer Espírito; no entanto são atraídos em razão de sua simpatia pela natureza moral do meio que os evoca.”  O Livro dos Espíritos – Introdução VI.

            Os Espíritos sempre devem ser evocados com uma finalidade nobre: estudar, pesquisar, auxiliar, confortar, esclarecer, consolar. As reuniões mediúnicas devem ser realizadas nos centros espíritas com os recursos e organização adequados para que ocorram em ambiente seguro e equilibrado.

            Algumas pessoas questionam se há possibilidade de evocar um Espírito no momento da morte do corpo físico. Estudos nos levam a considerar que um Espírito recém-desencarnado não atenderia se não estivesse em condições, e se não recebesse permissão dos Espíritos superiores, e, além disso, só atenderia se isso lhe fosse benéfico, isto é, se o ajudasse a vencer a perturbação característica do momento da transição. Da vida material para a espiritual.

            Explica o Prof. Herculano Pires, em nota de rodapé, que as evocações se processam desde os tempos primitivos, entre todos os povos, sendo que os casos propriamente espíritas se limitaram a experiências de pesquisa cientifica, o que indica que não se deve evocar os Espíritos sem razões sérias.

  BIBLIOGRAFIA

KARDEC, Allan - O Livro dos Médiuns - 2. ed. São Paulo: FEESP, 1989 - Cap. XXV – q. 282 – 33 e 34.

Tereza Cristina D'Alessandro – Setembro / 2019